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Masc recebe exposição de Paulo Gaiad e ocupação do grupo Cena 11

Data: 01/10/2017

No dia 19 de julho, o Museu da Arte de Santa Catarina (Masc) irá receber duas grandes novidades em suas galerias: a exposição Atestado da Loucura, com obras do artista plástico Paulo Gaiad na Sala Harry Laus; e a segunda edição do Projeto Claraboia, com a ocupação inédita do grupo interdisciplinar Cena 11. A abertura será às 19h30, com entrada gratuita. Visitação de terça-feira a domingo, das 10h às 21h, até o dia 1º de outubro.

Atestado da Loucura

Com cerca de 40 obras oriundas do fundo de ateliê do artista, Atestado da Loucura apresenta trabalhos feitos por Paulo Gaiad em diferentes períodos da carreira do artista, reunidos no ateliê onde ele viveu nos últimos 30 anos.

Radicado em Florianópolis desde a década de 1980, Paulo Gaiad é reconhecidamente um dos artistas mais profícuos no desenvolvimento de obras cuja construção recrie cenas e narrativas reinventadas pelo encontro de imagens apropriadas com seu vocabulário com forte tom melancólico e afetivo.

O artista faleceu em outubro de 2016, deixando um legado de mais de 200 obras que o Masc começou a pesquisar com a finalidade de realizar a exposição, cuja curadoria é assinada pelo também administrador do museu, Josué Mattos, e pela curadora adjunta Édina de Marco.

Um seminário com a presença de pesquisadores de diferentes partes do Brasil está previsto para outubro deste ano, finalizando um ciclo de debates iniciado por instituições como a Fundação Badesc, o Museu Victor Meirelles, o Museu de Escola Catarinense e a Udesc como forma de homenagear Gaiad.

Projeto Claraboia

O grupo interdisciplinar Cena 11 prepara uma ocupação inédita para a segunda edição do Claraboia, projeto de comissionamento a artistas contemporâneos que o Masc inaugurou em maio com o projeto Máquina Orquestra, dos artistas Roberto Freitas, O Grivo e Marcelo Comparini.

Para a segunda edição do Claraboia, os artistas pretendem concentrar elementos que permeiam a trajetória da companhia em um espaço singular. Não se trata, portanto, de um projeto com vocação a retrospectiva da trajetória do coletivo. Antes, o que está em jogo é a construção, por intermédio do projeto, de uma estratégia para agrupar, em um espaço cuja vocação é tanto tornar público o processo do grupo, quanto explorar a condição experimental da arte atual, estudos e uma ocupação que funcione como contraponto a rasura com que comumente são estabelecidas as relações do sujeito com seu entorno.

Como investigadores do estado de presença no espaço, cada momento de performance ou construção narrativa entre o visitante do museu e os artistas que estiverem presentes funcionará como um elemento inaugural na construção da obra em processo. Cabe questionar, com este projeto, o que resta a ser vivido em espaços híbridos, que confundem temporalidades e atravessam o participante e os performers de maneira insólita.