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Solidariedade catarinense garante mais transplantes em 2025

Solidariedade catarinense garante mais transplantes em 2025
Santa Catarina lidera o ranking nacional de doações de tecidos oculares em 2025, com 42,4 doadores por milhão de habitantes. (Foto: Freepik)

Publicado em 08/10/2025

Santa Catarina segue como destaque nacional quando o assunto é solidariedade e estrutura no campo dos transplantes. No primeiro semestre de 2025, o Estado alcançou a marca de 42,4 doadores de tecidos oculares por milhão de habitantes, o maior índice do país, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES/SC). O resultado reforça uma trajetória de investimento público, eficiência técnica e engajamento social.

Estrutura de ponta e resultados expressivos

Com três Bancos de Olhos em operação — localizados em Florianópolis, Chapecó e Joinville —, Santa Catarina tem se consolidado como referência em captação, avaliação e transplante de tecidos oculares. Apenas entre janeiro e agosto deste ano, foram registradas 272 doações, resultando em 440 transplantes de córnea e 146 de esclera, tecido que reveste o globo ocular.

O responsável técnico pelo Banco de Olhos de Florianópolis, Rodrigo Cavalheiro, destaca que a presença de uma estrutura pública bem organizada é essencial para manter a eficiência do sistema:

“Ter um Banco Público em Santa Catarina permite escalonar a avaliação e captação de tecidos conforme a necessidade da população e das equipes transplantadoras”, explica.

Doadores que transformam vidas

A maioria das doações parte de jovens e adultos entre 2 e 70 anos, vítimas de traumas, acidentes ou infartos. Também há um número expressivo de pacientes oncológicos entre os doadores, e o Centro de Pesquisas Oncológicas (Cepon), em Florianópolis, lidera o número de registros no Estado.

Os tecidos oculares são captados entre 6 e 12 horas após o óbito, dentro de rigorosos protocolos de conservação. As córneas podem ser utilizadas por até 14 dias, enquanto a esclera tem validade de até um ano, sendo destinada também a cirurgias reconstrutivas e emergências oftalmológicas, como perfurações oculares e casos de glaucoma.

Consciência familiar faz diferença

Mesmo com o avanço das campanhas de conscientização, a autorização familiar continua sendo decisiva para a efetivação da doação. Em Santa Catarina, apenas 28,4% das famílias recusam a retirada dos tecidos — um índice bem inferior à média nacional, de 45%. O dado reforça o nível de informação e sensibilidade dos catarinenses diante da importância da doação de órgãos e tecidos.

Referência nacional em solidariedade

Com números expressivos e um sistema público estruturado, Santa Catarina reafirma sua posição de líder nacional em doações de tecidos oculares. O desempenho catarinense mostra como políticas consistentes, equipes qualificadas e a confiança da população podem transformar o futuro de quem aguarda por um transplante e garantir mais qualidade de vida a centenas de pessoas todos os anos.

 

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Da redação

Fonte: RCN

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