Octaedro cria refúgio biofílico e poético na CASACOR SC
Projeto propõe uma conexão entre cidade, natureza e o sonho de um futuro mais consciente
Pensar o espaço como elo vivo entre a cidade, a natureza e as possibilidades de um futuro consciente, responsivo, integrado e aberto ao novo; assim surge a Casa Dimas, projetada pela Octaedro, dos arquitetos Leonardo Gazzoni e Emanueli Schneiders: um oásis em que a arquitetura e a paisagem se tornam introdução a um sentido maior e mais amplo de sonhos possíveis, consciência ecológica e coletividade.
A inspiração para o espaço surge da estrutura em madeira e vidro reaproveitada e ressignificada para a qual empresta-se um novo sentido: voltar o olhar para dentro, para o íntimo, para onde nasce o ímpeto para o sonho. Na transparência, na luz que desenha o espaço e na biofilia que atravessam delicadamente seu contorno, tudo é sobre inserir de forma sutil e poética a arquitetura na paisagem de forma a criar espaços de encontro e proximidade.
Junto a isso, a Casa Dimas foi pensada para ser a base da Dimas Construções na Casacor, com o intuito de ser espaço de conexões, diálogo e interação com a cidade e com os projetos que irão se estabelecer no local no futuro. Espaço de introdução à Casacor, a Casa Dimas ocupa a fachada principal e ergue-se, na sua imponência e clareza, para conduzir o visitante por uma área extensa e acolhedora que envolve o edifício principal e revigora o espaço, suavizando o impacto visual da obra em seu entorno urbano.
É nesse percurso que o tema "Semear Sonhos" se revela. Semear é plantar possibilidades, abrir caminhos, oferecer um ponto de partida. A Casa Dimas traduz esse gesto em sua atmosfera ampla, biofílica, integrada à paisagem e em sua vocação para receber e acolher. Cada detalhe do espaço sugere ao visitante que o futuro pode ser vivo, dinâmico, permeável às trocas entre o construído e o natural.
A abertura da casa para o entorno se torna ponto-chave no projeto: a natureza envolve os ambientes internos, sem barreiras, criando espaços fluidos, versáteis e dinâmicos. As cores reforçam essa vitalidade nuances de areia, terracotas, laranjas e vermelhos que vibram junto ao piso monolítico, abraçando o ambiente em sua totalidade. A madeira, em suas diferentes expressões, aquece e acolhe, dando corpo a uma atmosfera singular.
Sustentabilidade também se faz presente em cada escolha: da madeira de reflorestamento ao reaproveitamento da antiga estrutura, o projeto é, por si só, um exercício da consciência de que nada se perde, mas pode ser ressignificado. A curadoria de mobiliário e arte feita pelo escritório também confluem para esta narrativa: a Poltrona Fita de Guilherme Wentz, a mesa de centro Maha de Luan del Savio, a mesa lateral Porú de Lucas Takaoka e as obras exclusivas do artista Eliézer Branco se fundem ao espaço, vigorando em camadas de design e identidade.
Além do paisagismo exuberante que envolve o espaço, a Casa Dimas possui no seu interior um núcleo verde que aproxima a natureza do usuário através de um jardim central que ocupa a imponência do pé-direito. Nesse contexto, e de forma a voltar o olhar para o íntimo, as grandes aberturas são suavizadas pela sinuosidade dos cobogós em madeira que filtram e conduzem a entrada de luz no ambiente, envolvendo de forma mais intimista os espaços de estar.
Seja por suas cores, pelo jogo de formas e volumes e pela característica dinâmica de sua composição, os cobogós criam uma narrativa visual no ambiente Mais do que um espaço vivo e de encontros, a Casa Dimas é uma experiência. Um convite a perceber que semear sonhos é um gesto possível, e que cada semente pode florescer individual e coletivamente quando abrimos as portas para o íntimo, para o que é nosso, e é neste gesto que germinam as transformações reais.
Da redação
Para receber notícias, clique AQUI e faça parte do Grupo de WHATS do Imagem da Ilha.
Gostou deste conteúdo? Compartilhe utilizando um dos ícones abaixo!
Pode ser no seu Face, Twitter ou WhatsApp!
Para mais notícias, clique AQUI
Notícias relacionadas Ver todas
21° | Nublado