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Adriana Calcanhotto emociona público em Floripa
Cantora encerrou o evento com espetáculo poético e plateia lotada em Florianópolis

Adriana Calcanhotto emociona público em Floripa
O show Partimpim, de Adriana Calcanhotto, encerrou a 24ª Mostra de Cinema Infantil com casa cheia e emoção. (Foto: Carolina Arruda)

Publicado em 20/10/2025

O encerramento da Mostra foi como um truque de magia bem feito: do jeitinho encantado que a criança gosta e merece. O show Partimpim de Adriana Calcanhotto encerrou o evento de forma delicada e inventiva no último sábado, em Florianópolis. O público de mais de novecentas pessoas cantou e se encantou com o projeto infantil da cantora e compositora. 

No palco, a artista ergueu uma espécie de “quarto imaginário” feito de luz, cenografia mínima e gestos calculadamente brincantes. Entre os destaques estiveram canções já clássicas do projeto — casos de “Fico assim sem você”, “Formiga”, “Lig-Lig-Lig Lé” e “Baile Partimcundum” — cantadas em coro por crianças e adultos, que lotaram o espaço numa plateia multigeracional. “É maravilhoso encerrar a Mostra porque quando começou esse evento não existia cinema brasileiro para as crianças e é isso: precisamos inventar essas coisas, assim como inventei isso aqui (o show), precisamos criar mais para as nossas crianças”, comentou a cantora. 

O público deixou o teatro em clima de festa. Ao encerrar a Mostra com Partimpim, o festival reafirma que infância é também lugar de sofisticação — e que quando arte e cultura dividem a mesma frase, a cidade inteira ouve. “É uma alegria imensa ter o show lotado, onde todo mundo que veio conseguiu entrar. Eu acho que o show dela comprova que criança não precisa só de loucura, de agitação. É uma música bonita, poética, com arranjos musicais maravilhosos, então eu acho que terminar com o show dela foi bem a vibe da Mostra”, afirmou Luiza Lins, diretora da Mostra.

Esta edição da Mostra bateu recorde de público: cerca de 46,3 mil pessoas — entre crianças e adultos — participaram da programação ao longo dos nove dias de festival. O resultado supera todos os anos anteriores e consolida o evento como um dos maiores encontros de cinema para crianças no Brasil. “Foi muito emocionante, eu acho que a gente trouxe filmes muito emocionantes, que tocam questões sensíveis da sociedade. Eu percebo uma plateia muito madura, envolvida. E isso foi do começo ao fim. Começamos com a Orita Tabajara com uma dança indígena e encerramos com a Adriana Calcanhotto. Então eu acho que foi uma Mostra muito especial”, destacou Luiza.

Vencedores e Homenageados

O último dia da Mostra também foi marcado pelo anúncio dos filmes vencedores. O curta “Pipa e as ruínas do tesouro”, de Pedro Dias Lemos, foi o grande destaque escolhido pelo júri oficial. Já o júri infantil elegeu “Dandara”, de Raquel Rosa, que aborda a história de uma menina negra que enfrenta o racismo na escola e, com o apoio da mãe, aprende a reconhecer sua força e valor.

Segundo Vittorio de Castro Vamerlati, uma das crianças que integrou o júri infantil, a escolha se deu pela qualidade do filme e da história e completou sua fala, deixando um recado para todos: “Não importa a cor da pessoa ou quem ela é, todos podem ser bonitos como são”. 

Na Mostra online, exibida pela plataforma Itaú Cultural Play, o público também pôde votar e escolher o vencedor. O curta premiado foi “O bicho que eu tinha medo”, de Jhonatan Luiz.

Na votação popular presencial, os vencedores foram o curta catarinense, “Notícias da Lua”, de Sérgio Azevedo,  produzido na cidade de Brusque, e “Cascos de Patins (Hoofs on Skates)”, de Ignas Meilūnas, da Lituânia, na categoria internacional. 

O diretor Sérgio, que esteve presente na cerimônia de premiação, falou da emoção em ganhar esse destaque. “Ficamos muito felizes com essa conquista, porque esse filme foi feito para o nosso filho Benício que passou aqui pela terra como um cometa e nos deixou com 15 dias de vida. Foi através da produção desse curta que conseguimos ter força para seguir em frente fazendo cinema e arte para crianças e adultos”. Além de Sérgio estavam presentes os diretores Nelson Yabeta (Lia faz um filme) e  Betânia Silveira (A Viagem de Tete). 

 

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Da redação

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