Tradição é transformada em roteiro cultural

Cerimônia oficial marca fim da safra e reconhecimento de 26 praias ligadas à tradição da pesca artesanal na Capital

Florianópolis dá um novo passo na valorização de sua cultura pesqueira com o lançamento oficial da Rota da Tainha, que será celebrado neste sábado (2), das 8h às 12h, no Rancho do Braceli, na Praia do Santinho. O evento marca também o encerramento da safra da tainha de 2025, um dos períodos mais significativos para o calendário cultural e econômico da capital catarinense.

Com a assinatura do decreto, a cidade reconhece formalmente 26 praias como parte integrante da Rota da Tainha. Entre elas estão a Armação do Pântano do Sul, Barra da Lagoa, Campeche, Ingleses, Jurerê, Pântano do Sul, Santinho, Tapera, entre outras. A medida permitirá a implementação de ações voltadas à sinalização, promoção turística e valorização cultural desses espaços, reforçando seu papel na história da pesca artesanal da Ilha.

A iniciativa vai além da homenagem simbólica: é também uma estratégia de desenvolvimento sustentável, conectando o turismo com as raízes da comunidade local. “A criação da Rota da Tainha representa um avanço significativo na preservação da identidade cultural de Florianópolis, ao mesmo tempo em que promove oportunidades para o desenvolvimento turístico responsável e sustentável”, afirma o prefeito Topázio Neto.

Durante a safra de 2025, foram registradas 51 embarcações de emalhe anilhado, com participação de cerca de 600 pescadores. A produção totalizou quase 400 toneladas de tainha, segundo dados repassados ao Governo Federal, gerando um impacto econômico estimado em R$ 4 milhões. Já a tradicional pesca de arrasto mobilizou mais de mil pessoas, distribuídas entre 57 ranchos da cidade.

Segundo o subsecretário de Pesca, Gabi Floripa, o evento é uma forma de reconhecer o valor do ofício pesqueiro e de seus protagonistas. “É o pescador que acorda antes do sol, que observa o mar, que confia na natureza e nos companheiros de rede. Valorizar a pesca é reconhecer a dignidade de um ofício que alimenta famílias, une comunidades e mantém viva a cultura da Ilha de Santa Catarina”, afirma.

O encerramento da safra e o lançamento da Rota devem reunir pescadores, moradores, representantes de comunidades tradicionais, gestores públicos e visitantes. A ação reforça o papel da pesca artesanal como patrimônio imaterial e fortalece a conexão entre cultura, economia e natureza na Capital.

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Da redação

Fonte: PMF

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