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Como o amor e a amizade impactam a saúde cardiovascular
Estudos revelam que relações saudáveis regulam a pressão arterial e equilibram os hormônios do estresse

Laços afetivos de qualidade, sejam eles com parceiros, familiares ou amigos, são mais do que um alívio emocional: podem reduzir a pressão arterial e proteger a saúde cardiovascular, mostram estudos científicos. (Foto: Pixabay)

Publicado em 30/05/2025

Cuidar do coração vai além de fazer exames de rotina ou adotar uma alimentação equilibrada. Hoje, estudos mostram que relações humanas saudáveis — com parceiros(as), familiares ou amigos — são um componente essencial na prevenção de doenças cardiovasculares e na promoção do bem-estar geral.

Uma pesquisa da Harvard Medical School, que acompanha há mais de 80 anos a saúde de centenas de pessoas, aponta que bons relacionamentos são o maior preditor de longevidade e saúde, acima até de fatores como renda ou colesterol. Outros estudos, como o publicado no Journal of the American Heart Association, indicam que pessoas com laços afetivos sólidos apresentam menores níveis de cortisol (o hormônio do estresse) e pressão arterial mais equilibrada.

Para a cardiologista Dra. Fernanda Weiler, especialista em Medicina do Estilo de Vida e membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia, o coração humano é também emocional — e responde intensamente à qualidade dos vínculos. “Relações estáveis, respeitosas e acolhedoras ajudam a regular o sistema nervoso, diminuem o risco de arritmias e contribuem para a liberação de neurotransmissores que fazem bem ao organismo, como ocitocina, serotonina e dopamina”, afirma.

Mas o oposto também é verdadeiro: relacionamentos tóxicos, marcados por estresse constante, solidão a dois, insegurança ou violência emocional, podem gerar sobrecarga crônica no corpo. “Estados emocionais negativos constantes afetam o sistema cardiovascular, aumentam o risco de hipertensão e prejudicam a saúde metabólica como um todo”, alerta a médica.

Dra. Fernanda defende que cultivar vínculos saudáveis deve ser parte de qualquer plano de cuidado com o coração. “Escolher estar em paz é também escolher viver mais e melhor. A saúde emocional e a saúde cardiovascular caminham juntas. O autocuidado inclui, sim, o cuidado com quem se escolhe estar”, conclui.

 

 

 

Da redação

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