00:00
21° | Nublado

Tradição alemã: Queijo Kochkäse ganha normas de qualidade e identidade em SC

Foto: Divulgação

Publicado em 11/06/2020

Produto tradicional das colônias alemãs de Santa Catarina, o Queijo Kochkäse ganha agora normas de qualidade e identidade. A Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural publicou as regras que devem ser seguidas pelos produtores para que o queijo mantenha suas características únicas e possa ser comercializado de forma segura.

O Queijo Kochkäse é mais um produto tipicamente catarinense, produzido nos municípios originados nas primeiras colônias de imigração alemã de Santa Catarina: Blumenau e Dona Francisca. É um tipo de queijo branco cozido que ainda não tinha regulamentação, por isso não podia ser comercializado e ficava restrito às famílias produtoras. A intenção agora é apresentar esse produto para os consumidores.

A regulamentação foi embasada por estudos microbiológicos e físico-químicos feitos pela Universidade Regional de Blumenau (FURB) e a partir do trabalho conjunto da Secretaria da Agricultura, Epagri, Cidasc, e Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí (AMMVI). “O trabalho para regulamentar o queijo tipo Kochkäse iniciou em 2016 e como resultado traz segurança alimentar para o produtor e consumidor, já que para a produção e comercialização do queijo a partir de leite cru, é necessário que o leite venha de propriedades certificadas como livres de brucelose e tuberculose”, ressalta a assessora de Saneamento e Meio Ambiente da Ammvi, Simone Gomes Traleski.

Com o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade (RTIQ), os consumidores têm a segurança de que o produto segue diversas normas de fabricação e apresentação. Além de ser elaborado a partir do leite cru produzido em propriedades certificadas livres de brucelose e tuberculose, o Kochkäse deve seguir o programa de Boas Práticas de Produção implantadas no sistema de criação e ordenha.

Conforme a extensionista rural da Epagri, Fabiana Moratelli, em torno de 120 famílias devem ser beneficiadas pela regulamentação. “Esse projeto surge como uma identidade dessa cultura na região do Vale do Itajaí. Este queijo passa a receber um olhar que respeita o saber fazer, passado de geração em geração pelos produtores, para alimentar as suas próprias famílias e celebrar momentos especiais”, destaca Fabiana.

O próximo passo é a procura pelos produtores para fazer o registro no Serviço de Inspeção, contando com as orientações da Cidasc e da Epagri.

Da redação