5 dicas para evitar armadilhas na compra do carro novo
Orientações para quem está pensando em comprar ou trocar de carro
Uma pesquisa do Serasa publicada em janeiro de 2024, revelou que os gastos com automóvel são a segunda maior despesa do orçamento familiar do brasileiro, depois da alimentação. Segundo o levantamento, em 67% dos lares do país, os custos com o automóvel estão entre os três principais gastos anuais.
De acordo com o educador financeiro e especialista em investimentos Raul Sena, essa é uma despesa que precisa ser ajustada ao orçamento mensal e que traz uma série de armadilhas para quem compra um carro por impulso ou por uma decisão emocional – status ou influência de propagandas, por exemplo.
"O brasileiro muitas vezes compra um carro e não leva em conta as despesas recorrentes mensais como o IPVA e licenciamento, além do combustível, pedágios, estacionamentos e, principalmente, manutenção", destaca Raul Sena.
Para fazer um uso consciente do carro desde o momento da compra, confira as cinco dicas do especialista:
Planeje os gastos com o veículo: carro, alimentação, aluguel e outros custos fixos não devem ultrapassar 40% da sua renda mensal. Segundo Raul, manter as despesas dentro desse percentual diminui a chance de endividamento
Novo ou usado? Na hora de comprar um carro, se optar por um usado, prefira os seminovos com menos de quatro anos de fabricação. “Esse período é o ideal pois o custo de manutenção é menor, e ainda pode ter garantia”, destaca. Já o carro novo deve, preferencialmente, ser comprado à vista ou com uma entrada suficiente para financiar o restante sem juros
Na hora da compra: Dependendo da marca, tanto peças quanto o consumo de combustível, IPVA e seguro podem ser altos demais e comprometer seu orçamento. “Escolha um carro que você seja capaz de manter. Mesmo que você tenha recursos para comprar um carro de uma categoria acima, mas que custe 20% a mais, pense que esse valor, na prática, pode representar um aumento de até 40% nos custos com manutenção”, alerta.
Se decidir financiar o carro: se não for possível comprar à vista e o carro realmente for indispensável para você e sua família, planeje-se e coloque em perspectiva se você poderá pagar as parcelas até o final. Lembrando que essas parcelas devem estar dentro dos 40% do seu custo fixo mensal, assim como os custos de manutenção. “Muitas vezes a pessoa faz um financiamento de acordo com o momento financeiro que está vivendo, mas não considera que a vida pode mudar e o valor da manutenção também. É preciso sempre deixar uma margem de emergência”, diz.
Se for comprar à vista, como fazer? Em algumas situações, a pessoa economiza para comprar à vista e “se livrar” do financiamento. Se for o seu caso, com dinheiro em mãos, você tem uma possibilidade maior de negociação com quem está vendendo. Procure se informar sobre os valores praticados (tabela FIPE e portais especializados em compra e vendas de automóveis, por exemplo), para ter noção da margem de negociação que você poderá ter. Pesquise e negocie bastante para ter certeza de que vai fazer o melhor negócio possível.
Da redação
Fonte: Raul Sena
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