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O nosso personagem da semana é natural de Curitiba (Paraná), mas é, no fundo, um empresário que aposta no Brasil como um todo. Aqui em Florianópolis, Raphael Zanette e seu grupo empresarial começaram com uma operação pequena que se agigantou com charme e criatividade.

Depois de mais 20 anos no mercado de vinhos, primeiro como franqueado de uma marca nacional, depois partindo para a sua própria loja, mas ainda dentro de um conceito tradicional de loja de vinhos, em Curitiba, Raphael decidiu inovar, sair da mesmice. 

Conversando com amigos detectou seu nicho. “Eles diziam que gostavam de vinho, mas não se sentiam à vontade em uma loja tradicional porque elas tinham um certa pompa, muitos rituais. As pessoas que iam eram entendidas no assunto e os vendedores também. Meus amigos queriam ir na minha loja, mas gostariam de algo mais descontraído, mais alegre”. 

A partir deste novo conceito de degustar, ou, melhor, de beber vinho, Raphael reestruturou a loja de Curitiba para esta nova demanda, e criou o 1º bar de vinhos da capital paranaense, o “Vino”, para atender a esta nova expectativa de um público que queria beber vinho em uma ambiente descontraído, com compra de vinhos em taça. “A procura pela loja começou a aumentar, pois ela era diferente das outras lojas de vinho”, comenta.

Esse crescimento animou o grupo a pensar em uma expansão. Então, Zanette direcionou os seus investimentos para Florianópolis, em um novo ponto que era a cara desse novo conceito despojado de venda de vinho em taças. Há dois anos, a “Vino” aterrissou no food hall Pátio Milano, com vinho em taça, preço escrito na garrafa e sommelier falando a “língua descontraída” do consumidor.

Este novo conceito de wine bar é mais despojado, mais para o dia a dia, e tem também comidinhas para acompanhar.

Uma outra quebra de paradigma é a novidade que a Vino está trazendo para o mercado: vinho em lata, tinto, rosé, branco e moscatel. 

Raphael explica que a novidade quer atingir o público jovem, que preza pela diversão na praia e na piscina, e quer praticidade. "Estamos bem animados com as novidades e pretendemos atingir outros nichos, como feiras e praias no próximo verão", disse. 

Agora, o público mais jovem dispõe de 3 lojas Vino em Curitiba, 2 em São Paulo, e 1 em Florianópolis. O grupo pretende abrir nos próximos 90 dias lojas em Brasília, Belo Horizonte e Campinas.

Desafios deixados para trás

Dentro de todas as alegrías e ousadias, a Vino teve um revés. Depois de ter passado por toda a pandemia segurando funcionários e fazendo uma boa gestão do negócio, a loja do Pátio Milano vai fechar. “Ficamos bem chateados, porque essa não era a nossa intenção. Agora que a loja está bombando, o empreendedor decidiu administrar o espaço, e optou por não renovar nosso contrato” , lamentou nosso personagem. 

Mas, para não "deixar a peteca cair”, Raphael Zanette saiu em busca de um novo ponto. Foi ai que surgiu a ideia de apostar na SC-401. E realinhar a ideia original de ter duas lojas na cidade. Mas isto já é tema para outra pauta.  

Nosso personagem, que não é um sommelier, mas é um especialista na compra de vinhos, tem resiliência e criatividade, e dá duas dicas para novos empreendedores: “A primeira é ser criativo. Não copie coisas dos outros. Uma ideia criativa já vale! E a segunda, depois da ideia criativa é: controle, controle e controle. Essa é a diferença entre lucro e o prejuízo. A ideia criativa é fundamental, mas o jogo se ganha na gestão, no controle de custos”, completa.

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