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Ampliando horizontes nas comunidades
Educadora Symone Barreto conta como funciona o Bairro Educador, programa que está transformando vidas em Florianópolis

Symone é articuladora pedagógica do Programa Bairro Educador (Fotos: acervo pessoal) **Clique para ampliar

Publicado em 13/12/2022

Filha de professora e diretora de escola, Symone Barreto passou a infância em ambiente escolar e, assim, a paixão pela educação passou de mãe para filha. Formada em pedagogia pela PUC-GO e com MBA em gestão de pessoas, Symone veio para Florianópolis em 2014, quando começou a trabalhar como professora da educação infantil municipal. Porém, em janeiro deste ano (2022), um novo projeto transformou sua rotina.

Ela ingressou no Programa Bairro Educador, programa educacional com foco nas comunidades da cidade. Primeiramente, como coordenadora pedagógica na sede Monte Cristo, e, em agosto, assumiu a função de articuladora pedagógica, onde é responsável por intermediar o projeto entre a Secretaria Municipal de Educação, Instituto Escola Cidadã e a equipe pedagógica.

Conheça mais sobre o Programa em entrevista com Symone Barreto:

Imagem da Ilha: Qual é a proposta do Programa Bairro Educador e quem faz a sua gestão?

Symone Barreto: O programa Bairro Educador (PBE) é um programa de educação não formal que busca entender e se integrar às comunidades. No PBE temos como premissa transformar os espaços em espaços educadores proporcionando a integração entre o esporte, a cultura e o lazer. Desde agosto de 2021 a gestão do PBE é feita pelo Instituto Escola Cidadã, que atua na área social há mais de 20 anos.

Imagem da Ilha: Quais são as atividades propostas pelo programa e quantos profissionais estão envolvidos?

Symone Barreto: O Programa oferece, como educação complementar, diversas modalidades de atividades e oficinas educativas, esportivas e culturais, atendendo às demandas e necessidades de cada comunidade. São elas: Artes (alegoria), Artesanato, Basquete 3X3, Beach Tênis, Boi de Mamão, Capoeira, Corrida, Corte e Costura, Dança (Urbanas, Jazz, Zumba, Break, Contemporânea e afro), Defesa Pessoal, Fotografia, Futebol 7, Futebol Society, Futsal, Ginástica, Grafite, Hip-hop, Jiu-Jitsu, Judô, Karatê, Muay Thai, Oficina pedagógica, Percussão, Pilates, Rap, Ritmos, Skate, Surf, Taekwondo, Treino Funcional, Voleibol, Violão, Xadrez e Yoga. Contamos hoje com 189 funcionários.


Equipe do Programa Bairro Educador

 

Imagem da Ilha: O modelo do programa já existe em outros locais ou é inédito?

Symone Barreto: O PBE segue o modelo internacional do Cidades Educadoras. Ele é inédito por ter sido pensado e adaptado à cidade de Florianópolis e, assim sendo, tem características próprias e se diferencia de outros programas.

Imagem da Ilha: Para qual público ele é direcionado?

Symone Barreto: O PBE é direcionado preferencialmente às crianças e adolescentes da rede municipal de ensino. Mas se estende à toda a comunidade. É um espaço de integração que acolhe toda a família. Algumas oficinas foram pensadas também para adultos e idosos, como ginástica, zumba, artesanato, yoga, corte e costura, dentre outras.


Symone com o prefeito de Florianópolis, Topázio Neto, e Maria Barcelos, coordenadora do Bairro Educador no bairro Monte Verde, em evento do Outubro Rosa

 

Imagem da Ilha: Desde seu lançamento, em 2019, quantas pessoas já passaram pelo Programa e em quais bairros ele é oferecido?

Symone Barreto: Em 2019, houve uma outra gestão do Programa e não tivemos acesso aos dados daquele período. Neste momento, estamos com 2045 estudantes ativos e 30.460 atendimentos mensais. Em agosto de 2021, quando o Instituto Escola Cidadã assumiu a gestão do PBE, eram 4 sedes: Monte Cristo, Mocotó, Mariquinha e Monte Verde. Em agosto de 2022, houve uma ampliação e foram criadas mais 8 sedes, nos bairros Rio Vermelho, Ingleses, Sambaqui, Córrego Grande, Costeira, Rio Tavares, Campeche e Vila Aparecida. Atualmente o programa conta com 12 sedes.

Imagem da Ilha: De que forma o Bairro Educador afeta os participantes?

Symone Barreto: O PBE apresenta novos horizontes e oportuniza aos estudantes a participação em atividades diversas que normalmente eles não teriam acesso. Eles podem experimentar e escolher as oficinas que querem participar. Trabalhamos a educação com afeto, tendo o estudante como protagonista, e isto faz com que eles vejam o Bairro Educador como sua segunda casa. Tem alguns deles que querem participar do Programa até nos finais de semana. Ouvimos diariamente relatos de familiares que falam da transformação social, cultural e comportamental das crianças. Além de atletas que passaram em peneiras de grandes clubes brasileiros, outros que, através do esporte, ganharam bolsas de estudo e até oportunidade de trabalho.

Por Gabriela Morateli dos Santos

 

 

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