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O aneurisma da aorta abdominal é uma dilatação acentuada em algum ponto da artéria, que vai progredindo com o tempo e ocorre mais frequentemente em homens do que em mulheres. A incidência aumenta com a idade e o tabagismo é um potente fator de risco modificável. Aneurismas da aorta abdominal com diâmetro maior do que 4 cm podem afetar 1% a 2% dos homens acima de 50 anos de idade e estão relacionados com doença aterosclerótica. A maioria desses aneurismas localiza-se na porção mais baixa da aorta abdominal.

O prognóstico está relacionado tanto com o tamanho do aneurisma, quanto com a severidade de doença arterial coronariana e de doença cerebrovascular coexistentes. O risco de ruptura destes aneurismas aumenta com o seu tamanho: o risco nos próximos 5 anos para aneurismas menores do que 5 cm é de 1% a 2%, enquanto esse risco é de 20% a 40% para os maiores que isso. Na parede desses aneurismas pode haver formação de trombos, que podem se soltar, obstruindo alguma artéria próxima.

O aneurisma da aorta abdominal habitualmente não produz sintomas. Ele usualmente é detectado em um exame de rotina como a palpação de uma massa pulsátil ou então ele é um achado incidental observado em um exame de imagem, ambos do abdômen. Como os aneurismas expandem-se com o tempo, podem tornar-se dolorosos. Algumas pessoas se queixam de pulsações mais fortes no abdômen e outras de dor no local.

A dor do aneurisma da aorta abdominal, geralmente representa um risco elevado de ruptura, causando uma emergência médica. Se o paciente não for submetido à rápida intervenção, ele irá a óbito. Mais frequentemente, as rupturas agudas ocorrem sem um aviso prévio. No entanto, um simples ultrassom de abdômen pode medir com precisão as dimensões transversal e longitudinal de um aneurisma da aorta abdominal, e detectar a presença de trombos no seu interior. Esse ultrassom também é útil para fazer o acompanhamento seriado do tamanho do aneurisma e indicar a cirurgia no momento certo. Ele deve ser realizado em pessoas acima de 50 anos de idade que são tabagistas ou possuem história familiar de aneurismas, ou são portadoras de doenças relacionadas ao colágeno. O exame deve ser indicado também para as pessoas acima de 65 anos de idade que ainda não foram investigadas.