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Oscar dá destaque a Alopecia
Doença da mulher do Will Smith que causou furor pode ter fundo emocional e afetar qualquer pessoa

Jada Smith foi alvo de piada feita pelo comediante Chris Rock no palco do Oscar, devido à sua alopecia (Foto: Reprodução/Internet) **Clique na imagem para ampliar

Publicado em 01/04/2022

Após o mundo parar para comentar o episódio que aconteceu na noite de domingo, 27, na premiação do Oscar, onde comediante Chris Rock fez no palco uma piada sobre a alopecia de Jada Smith, esposa do ator Will Smith, e levou um tapa dele por isso, a cientista expert em queda capilar e distúrbios do couro cabeludo, Jackeline Alecrim, explicou que qualquer pessoa pode estar sujeita a ter alopecia e como alterações emocionais, como stress e ansiedade, interferem na saúde do cabelo e no aumento da queda capilar.

“Existe uma relação já comprovada entre o stress, as alterações emocionais e o desencadeamento de alopecias em pacientes predispostos. Essas alterações podem alterar o ciclo capilar, comprometendo questões  fisiológicas e metabólicas envolvidas na manutenção da saúde do cabelo e do couro cabeludo”, disse.

A especialista também explicou que estudos apontam que os fatores emocionais podem estar relacionados a quadros de ativação de doenças autoimunes crônicas ou transitórias, como é o caso da alopecia Areata e de alguns tipos de alopecias definitivas, como as cicatriciais.

Jackeline afirmou que um outro ponto a ser considerado é que alterações emocionais podem levar a baixa qualidade de sono que afeta além da imunidade e a secreção hormonal, o estado físico dos indivíduos.

“O estresse além de poder causar a queda precoce dos fios, pode ainda, acelerar a perda definitiva do cabelo, através de alterações progressivas causadas nos folículos pilosos ao longo do tempo. Quando o nível de estresse aumenta, a produção da melatonina pode ser afetada e esse hormônio também tem relação com a saúde capilar”, pontuou a cientista.

Como identificar e tratar o problema precocemente?

A perda dos fios pode ter causas variadas e somente um diagnóstico clínico pode apontar com precisão a causa da queda de cabelo. A especialista explicou que, apesar da calvície ser mais comum em homens, outros tipos de alopecias são mais comuns em mulheres e isso se deve ao fato de passarmos por alterações hormonais e fisiológicas mais frequentemente.

“Além das variações hormonais, a queda acentuada dos fios pode estar relacionada a vários fatores, como por exemplo questões nutricionais, emocionais, condições inflamatórias e autoimunes que podem atingir o couro cabeludo”.

Essas alterações afetam o equilíbrio do ciclo de queda e crescimento do cabelo, fazendo com que o organismo ataque os folículos pilosos levando a perda de fios, que pode ser localizada ou total.

Mas, a cientista também explicou que a boa notícia é que apesar de assustar, algumas dessas condições podem ser transitórias e podem ser tratadas, como é o caso da Alopecia Areata.

Mesmo os pacientes que possuem condições crônicas podem contar com tratamentos que auxiliam no controle da queda e acelera a reposição de novos fios e podem ser usados para tratar precocemente o quadro, aumentando as chances de sucesso terapêutico.

“Além dos medicamentos de uso oral, a ciência evoluiu e hoje é possível encontrar  produtos de uso tópico, ou seja, que são massageados no couro cabeludo, que apresentam absorção local e demonstrando alta eficiência e segurança para o uso. Além de desacelerar a queda capilar, estes tratamentos favorecem a reposição de novos fios, aumentam o aporte de nutrientes e melhoram a atividade fisiológica dos folículos pilosos, por atuarem diretamente na área afetada,”, disse.

Além do tratamento tópico, é essencial alinhar as questões nutricionais, hormonais e demais causas secundárias que podem estar presentes e que demandam avaliação de um especialista.

Da redação


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