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Nova epidemia começa a afetar os brasileiros
A transmissão da varíola dos macacos entre humanos pode resultar de contato próximo pela via respiratória, pela pele de uma pessoa infectada, dentre outras formas

É necessário redobrar os cuidados, identificar as pessoas contaminadas, não compartilhar objetos e roupas com as mesmas e deixá-las em isolamento (Foto: Reprodução/Internet) **Clique para ampliar

Publicado em 12/08/2022

A monkeypox ou varíola dos macacos não é uma doença nova. Ela já era conhecida por ser endêmica em alguns países da África, mas, em maio deste ano, teve maior visibilidade após um indivíduo ter retornado à Inglaterra, contaminado depois de ter estado na Nigéria, um dos países onde a doença é endêmica e, desde então, a doença começou a ser observada espalhando-se para diversos outros países e continentes.

Clique abaixo para ler a primeira matéria da serie sobre varíola dos macacos;

Varíola dos macacos: o que você precisa saber

A transmissão da doença entre humanos pode resultar de contato próximo pela via respiratória, pela pele de uma pessoa infectada, ou pelo contato com objetos recentemente contaminados. A transmissão respiratória por gotículas coloca em maior risco os profissionais de saúde, os membros da família de alguém contaminado e outros contatos próximos. A transmissão também pode ocorrer através da placenta, o que pode levar à varíola congênita, ou também pelo contato próximo durante e após o nascimento.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) tem divulgado que a doença parece ser mais frequente em homens que têm relação sexual com homens, mas isso ainda não está bem claro no momento. A doença ainda não está classificada como sendo uma infecção sexualmente transmissível (IST). Há a necessidade de um maior número de estudos para que se possa compreender melhor as formas de transmissão da doença.

Mas, diferentemente da covid-19, que surgiu subitamente como uma doença nova, a monkeypox já é uma doença conhecida e já se sabe muita coisa sobre ela. Mesmo que venha a ser classificada como uma doença sexualmente transmissível, já se sabe que ela pode ser transmitida por gotículas de aerossóis através das vias aéreas, contatos entre pessoas pela pele ou pelo uso pessoal de objetos contaminados, como toalhas de banho ou de rosto, roupas de cama, talheres e outros.

É necessário redobrar os cuidados, identificar as pessoas contaminadas, não compartilhar objetos e roupas com as mesmas e deixá-las em isolamento. O período de incubação é o intervalo de tempo que há entre o momento da contaminação e o momento em que aparecem os sintomas. A monkeypox tem um período de incubação que habitualmente varia entre 5 a 21 dias, mas a maioria dos casos fica entre 6 a 13 dias. Com relação à apresentação do quadro clínico, a doença caracteriza-se por manifestar-se com dois períodos distintos, que iremos comentar na próxima parte.

Referência bibliográfica: cartilha conjunta da Sociedade Brasileira de Urologia e da Sociedade Brasileira de Infectologia sobre a nova epidemia de monkeypox

 

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Sobre o autor

Dr. Jamil Mattar Valente

Médico cardiologista e responsável pela coluna de medicina preventiva do Jornal Imagem da Ilha


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