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Chegamos ao meio do ano e é comum ouvir as pessoas falarem que precisam perder uns quilinhos para sentirem-se bem. E isso é ótimo. Quando não há condição patológica envolvida e os exames médicos estão em dia, incomodar-se com uns quilinhos adquiridos através do consumo de doces, drinks, snacks industrializados e falta de exercícios é sinal de que a pessoa está atenta a si mesma e à sua saúde. O problema é buscar a solução num caminho que não levou ao problema. Por exemplo: tentar soluções drásticas para emagrecer rápido quando o peso extra foi se acumulando ali lentamente. Ou optar por cortar de uma vez um macronutriente fundamental para o equilíbrio fisiológico, como o carboidrato, sem ter certeza de que o carboidrato consumido com moderação faz mal ou não para você. Também exercitar-se demais em alguns dias e não ter ânimo para manter uma regularidade. O resultado é, muitas vezes, intercalar dias de descontrole com outros de restrição total. E o peso? Às vezes vai, depois vem, deixando a pessoa angustiada.

Qual caminho seguir, em meio a tanta informação desencontrada e tanto terrorismo alimentar divulgado por toda parte? O caminho mais sensato parece ser filtrar a informação. A responsabilidade de escolher o caminho é do próprio indivíduo. Qual a competência de quem divulga as recomendações e em qual medida essa indicação pode ser útil para quem ouve? Há profissionais de saúde habilitados para prescrever dietas específicas e personalizadas e, ao encontrar um profissional com o qual se identifica, ótimo. Isso também vale para o exercício: um professor de balé, yoga, boxe ou musculação que inspire seus alunos traz influências positivas. Muitas vezes esse suporte empático faz toda a diferença na hora de seguir o plano. Por sinal, para algumas pessoas, conseguir seguir o plano é mais significativo do que o plano em si! Não à toa, há atualmente uma atividade em plena expansão em vários países: os health coachs. Esses profissionais desenvolvem competências voltadas a auxiliar a atingir metas de saúde determinadas pelos próprios clientes. O papel do health coach, portanto, não é definir essas metas nem prescrever dietas ou séries de exercícios, mas sugerir caminhos para alcançá-las e verificar junto com o cliente sua evolução diante do objetivo que ele mesmo escolheu.

Nas sessões com o profissional health coach é possível o cliente identificar fatores que impedem seu desenvolvimento, além de fortalecer estratégias que estão contribuindo para sua realização pessoal. O cliente está no centro do processo de coaching e é responsável por suas escolhas. É um processo para quem compreende sua responsabilidade e sua liberdade como indivíduo. Se você quer uma solução pronta ou um plano para seguir, esse processo pode não agradar às suas expectativas. Sinta-se livre para escolher. No entanto, se quer optar por um caminho e ter alguém comprometido a ajudá-lo a chegar a determinado objetivo, permita-se experimentar uma nova forma de cuidar de você mesmo.