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Varíola dos macacos: o que você precisa saber - Parte final

Desde 2019 já existe vacina contra monkeypox, aprovada na União Europeia, Estados Unidos e Canadá. No entanto, não está amplamente disponível (Foto: Reprodução/Internet) **Clique para ampliar

Publicado em 09/09/2022

Estamos na quarta e última parte da série sobre a Monkeypox ou “varíola dos macacos”, a nova epidemia que começa a afetar os brasileiros.

No atual momento, a doença está se disseminando pelo mundo, inclusive no Brasil e é de fundamental importância que os casos suspeitos sejam investigados e bem definidos, para que se possa fazer um diagnóstico precoce.

Para agilizar o processo de identificação de um caso suspeito, foi sugerida a seguinte definição:

Caso suspeito:

Indivíduo de qualquer idade que, a partir de 15 de março de 2022, apresente início súbito de erupção cutânea aguda sugestiva de Monkeypox, única ou múltipla, em qualquer parte do corpo, incluindo região genital, associada ou não ao aparecimento de gânglios pelo corpo ou relato de febre. Além disso, história de contato íntimo com desconhecido(a), ou parceiro(a) casual, nos últimos 21 dias que antecederam o início dos sinais e sintomas.

Caso confirmado:

Indivíduo que preenche os critérios de caso suspeito e mais um resultado ou laudo de exame laboratorial positivo para monkeypox por diagnóstico molecular (PCR em Tempo Real e/ou Sequenciamento).

Por tratar-se de doença de notificação compulsória, todo profissional de saúde deve notificar o caso suspeito ou confirmado, diretamente para a vigilância epidemiológica em seu estado ou município, ou no site do Ministério da Saúde. Deste modo, o profissional de saúde poderá ser orientado com relação à adequada coleta de amostras clínicas para se realizar o diagnóstico.

A doença pode ser confundida com outras patologias na prática clínica, como sífilis secundária, herpes e varicela zoster. Há também relatos esporádicos de pacientes coinfectados com o vírus monkeypox e outros agentes infecciosos, como varicela zoster ou sífilis. Portanto, paciente com erupção cutânea característica, deve ser considerado para investigação, mesmo que outros testes sejam positivos.

Como se proteger:

Desde 2019 já existe vacina contra monkeypox, aprovada na União Europeia, Estados Unidos e Canadá. No entanto, não está amplamente disponível. De qualquer forma, quando disponibilizada no Brasil, a vacinação universal não será recomendada. A sua indicação deverá ocorrer para público com maior risco de exposição, como pessoas com múltiplos parceiros sexuais e trabalhadores da saúde.

Para homens que fazem sexo com homens, é recomendado reduzir o número de parceiros sexuais, reconsiderar o sexo com novos parceiros e outras condições de contato íntimo.

Profissionais de saúde em atendimento de casos suspeitos ou confirmados de monkeypox, devem implementar precauções padrão, de contato e de gotículas, o que inclui o uso de proteção ocular, máscara cirúrgica, avental e luvas descartáveis. Durante a execução de procedimentos que geram aerossóis, os profissionais de saúde devem adotar máscara N95 ou equivalente. O isolamento e as precauções adicionais baseadas na transmissão, devem continuar até resolução completa das lesões, incluindo o desaparecimento das crostas.

 

Quer saber mais sobre a Varíola dos Macacos: 

Acesse nossas matérias anteriores abaixo: 

Matéria 1 Publicada em 05/08/2022,  

Matéria  2 Publicada em 12/08/2022

Matéria 3 Publicada em 26/08/2022 

 

Acessse e saiba mais!

 

Referência bibliográfica: cartilha conjunta da Sociedade Brasileira de Urologia e da Sociedade Brasileira de Infectologia sobre a nova epidemia de monkeypox

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Sobre o autor

Dr. Jamil Mattar Valente

Médico cardiologista e responsável pela coluna de medicina preventiva do Jornal Imagem da Ilha


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