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Florida, perfumada e mais saudável
Flores comestíveis podem fazer parte da culinária e deixar tudo mais alegre

Elas devem ser cultivadas no próprio jardim ou de um fornecedor que produza para alimentação, sem agrotóxicos (Crédito de imagem: Reprodução)

Publicado em 06/11/2019

Flores trazem beleza para qualquer jardim e perfumam o ambiente, mas o que pouca gente sabe é que é possível levar essa beleza para a mesa inclusive com muitas vantagens. Em saladas, sobremesas ou até no prato principal, as flores transformam o trivial em algo curioso e diferente e somam vantagens para a saúde.

O professor e fitoterapeuta Daniel Alan Costa aponta algumas flores PANCs (Plantas Alimentícias Não Convencionais), que ajudam no funcionamento do organismo. “O importante é lembrar que essas flores devem ser próprias para consumo, ou seja, serem cultivadas no próprio jardim ou de um fornecedor que produza para alimentação, sem agrotóxicos. As flores de floricultura não são comestíveis por crescerem com o uso de produtos químicos”, alerta o especialista.

O hibisco e a capuchinha são exemplos de flores funcionais que podem ir direto do jardim para a mesa. Elas ajudam na prevenção de doenças por serem ricas em vitaminas A e C. Além disso, são formas naturais que ajudam a reduzir a gordura corporal e a retenção de líquidos. “O hibisco também é antioxidante e retarda o envelhecimento precoce e a capuchinha melhora o funcionamento do fígado”, explica Daniel. A capuchinha apresenta coloração amarela, laranja ou avermelhada e confere um sabor levemente apimentado, já o hibisco tem o sabor adocicado.

Para abusar da cor e deixar todos curiosos para experimentar, a sugestão é usar pétalas de girassol. “Não têm sabor, por isso podem ser usadas tanto em pratos doces quanto em salgados”, conta Daniel. São ricas em vitamina A, além de betaína e fitosterina, que funcionam como enzimas e ajudam na digestão. O professor dá dica de cobrir o arroz integral com as pétalas, o que colore e enfeita, além de acrescentar essas propriedades ao prato simples.

Além de um belo buquê, a rosa e a minirrosa também rendem pratos lindos. Com gosto adocicado, a pétala de rosa pode ser usada para fazer azeite e o botão da minirrosa pode ser servido na salada, acompanhado de tomate cereja e minimussarela de búfala. “Fica um prato lindo, com bolinhas brancas, pétalas e botão de minirrosa, além de ser uma opção relaxante já que a rosa tem propriedade calmante”, brinca Daniel.

A calêndula apresenta tom amarelado ou laranja, por conta disto, tem um teor maior de carotenoides. Suas pétalas podem ser usadas para compor receitas variadas, indo de pratos quentes como omeletes e arroz, até preparos frios como iogurtes e frozen. Segundo Daniel, essa flor tem alta propriedade anti-inflamatória e ajuda no processo digestivo também. Outra flor facilmente encontrada e muitas vezes considerada até como mato é o dente-de-leão. Tanto na salada quanto no suco ele pode ser usado para dar o efeito detox, além de deixar o prato com mais vida pela sua coloração amarela bem viva.

Cuidado com a procedência

Com pratos cheios de cor e com funções nutricionais, é só usar a imaginação para criar receitas diferentes e alegres. Além dessas, Daniel dá dicas de outras flores que são comestíveis e deixam qualquer mesa mais atraente. Amor-perfeito, borago, brinco de princesa, crisântemo, lírio, erva-doce, cravo da índia, alcaparra, flor de abóbora, maria sem vergonha, primavera e tulipa são outros exemplos de flores para a culinária. “É preciso ter muito cuidado com a procedência das flores para saber se são realmente próprias para o consumo”, ressalta o professor.

Da redação