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Leitura imersiva convida público a vivenciar linguagem

Leitura imersiva convida público a vivenciar linguagem
Data: 31/10/2025

A artista visual Laura Nomar lança na sexta-feira, 31 de outubro, “Névoa – No corpo da linguagem”, uma publicação que atravessa os limites entre escrita, poesia e experimentação visual. O evento, com entrada gratuita, começa às 17h30 na Galeria Jandira Lorenz, que fica no Centro de Artes, Design e Moda da Universidade do Estado de Santa Catarina (Ceart/Udesc), em Florianópolis.  Na mesma data haverá uma roda de conversa com a autora sobre o processo de criação e distribuição de exemplares.

A publicação de 176 páginas reúne poemas, ensaios, textos poéticos, faixas sonoras e propostas interativas que convocam o público a participar da construção de sentido. A publicação desafia a lógica linear da leitura, pois, além da capa confundir frente e verso, a diagramação desestabiliza o olhar, e os textos se apresentam como fragmentos flutuantes que exigem tempo, presença e entrega. A ‘névoa’ que dá nome ao livro é um conceito poético criado pela autora para falar das falhas, excessos e silêncios que atravessam a comunicação, e de como esses atravessamentos reverberam fisicamente.

“É um trabalho fruto de um TCC em artes visuais que une a escrita com propostas visuais e bagunça um pouco essas fronteiras. Por isso, ainda me parece um pouco estranho me considerar uma escritora, é um rótulo que assusta às vezes. Porém, fato é que a escrita e a leitura sempre me atraíram muito, estiveram presentes na minha vida desde a infância e têm tomado cada vez mais espaço”, compartilha a autora que na adolescência tornou-se uma leitora ávida, o que serviu de inspiração para que a literatura entrasse de vez na sua vida.

A obra que propõe uma travessia sensível pelos abismos da linguagem e seus impactos no corpo é dividida em dois lados: Abismos da linguagem e Impactos no corpo. Segundo a autora, o livro não se encaixa nas categorias convencionais da literatura, pois sua materialidade é indissociável dos textos, e a leitura se faz também pelas bordas, entrelinhas e silêncios.

Laura destaca que fazer o lançamento na Galeria Jandira Lorenz tem um significado especial. É que a autora foi bolsista de extensão no espaço e escreveu boa parte da obra durante esse período. “Lançar o livro nesse espaço é uma forma de honrar tudo que a universidade me ofereceu e ocupar também o lugar de quem oferece, não só recebe. É uma sensação de estar em casa e compartilhar uma conquista com pessoas que foram essenciais para alcançá-la”, completa.

 

 

 

Da redação

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