Políticas públicas em SC miram proteção das mulheres
A importância de manter a violência contra a mulher no centro das discussões foi o principal recado da vice-governadora de Santa Catarina, Marilisa Boehm, durante o evento “Os Desafios da Aplicação da Lei Maria da Penha Após 19 anos de Vigência”. A iniciativa, promovida pela Comissão Estadual OAB por Elas, aconteceu na sede da OAB em Florianópolis e reuniu autoridades do Judiciário e da segurança pública.
Marilisa destacou que, mesmo com os avanços proporcionados pela Lei Maria da Penha desde 2006, a proteção das mulheres ainda enfrenta barreiras. “Precisamos de um debate constante, envolvendo todos os setores: Executivo, Legislativo, Judiciário, Ministério Público, forças policiais, escolas, universidades e a sociedade civil. Só assim manteremos as mulheres informadas sobre seus direitos e mostraremos aos agressores que violência é crime e tem punição”, afirmou.
Antes de assumir a vice-governadoria, Marilisa atuou como delegada da Polícia Civil em Joinville, numa época anterior à Lei Maria da Penha. Ela relembrou as dificuldades enfrentadas para combater a impunidade e destacou que, apesar da evolução, o problema persiste.
O encontro contou ainda com a participação da juíza do Trabalho Michelle Denise Durieux Lopes Destri e das delegadas Caroline Dona Portão, de Tubarão, e Ruth Hern, de Balneário Camboriú. A vice-governadora aproveitou para agradecer a parceria entre a OAB e o Governo do Estado no programa “OAB por Elas”, que oferece atendimento jurídico a mulheres vítimas de violência em delegacias catarinenses.
Além da defesa do debate contínuo, Marilisa apresentou algumas políticas públicas em andamento. Uma delas é o Plano de Políticas Públicas para as Mulheres, iniciado em 1º de agosto, em parceria com a Secretaria de Estado da Assistência Social, Mulher e Família. O projeto prevê a realização de um diagnóstico amplo sobre a realidade das mulheres catarinenses e daquelas que escolheram Santa Catarina para viver.
Seis pesquisadoras – mestres e doutoras contratadas por edital da Fapesc – vão levantar, ao longo de um ano, dados sobre faixa etária, raça, orientação sexual, grau de escolaridade, renda, empregabilidade, composição familiar e aspectos socioeconômicos. O objetivo é embasar políticas de equidade de gênero, prevenção à violência, autonomia econômica e garantia de direitos de acordo com as particularidades de cada região.
Outro ponto citado pela vice-governadora foi o reforço das Forças de Segurança no enfrentamento à violência doméstica, com destaque para iniciativas como a Rede Catarina e o Botão do Pânico, ferramentas de proteção já utilizadas no estado.
No campo econômico, Marilisa ressaltou o incentivo ao empreendedorismo feminino com o Pronampe Mulher, que oferece linhas de crédito específicas para micro e pequenas empresas lideradas por mulheres. “Garantir independência financeira é uma das formas mais eficazes de romper ciclos de violência. Para o governador Jorginho Mello e para mim, as mulheres são prioridade”, concluiu.
Leia também:
- Nova política vai fortalecer educação técnica catarinense
Da redação
Fonte: Secom
Para receber notícias, clique AQUI e faça parte do Grupo de WHATS do Imagem da Ilha.
Gostou deste conteúdo? Compartilhe utilizando um dos ícones abaixo!
Pode ser no seu Face, Twitter ou WhatsApp!
Para mais notícias, clique AQUI
Outros posts Ver todos
21° | Nublado


