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Floripa Quilt se despede com arte, memória e fios entrelaçados
Grupo de artistas de diferentes regiões de SC encerra a mostra com diálogo sobre processos criativos e o papel da tapeçaria na arte contemporânea
A edição deste ano do Floripa Quilt - Festival de Patchwork e Arte Têxtil - se espalhou por diversos pontos da cidade com o objetivo de levar as manualidades para perto do público. Um dos locais escolhidos foi o Paradigma Cine Arte, conhecido por ser um lugar de projeção e curadoria da sétima arte, e também ponto de encontro com os visitantes.
Com a exposição “As Catarinas e suas tapeçarias” , encabeçada pela tecelã Elke Hulse do grupo “As Catarinas”, cinco séries ocupam o primeiro andar do prédio do cinema, até esta sexta-feira, 06 de junho, dia que o festival encerra oficialmente sua programação de 2025 . A conversa “As Catarinas e suas tapeçarias” será às 16h, com entrada gratuita.
“Foi bem interessante mobilizar e motivar o grupo para essa exposição. Uma maneira de mostrar para as pessoas a produção em tapeçaria. O Floripa Quilt é um movimento têxtil local importante e vamos falar sobre isso na conversa", comenta Elke Hulse.
A primeira série reúne retratos feitos para o bicentenário da Dona Francisca, irmã do Dom Pedro II, encomendada para um evento comemorativo ainda em cartaz em Joinville. Os curadores incentivaram o grupo “As Catarinas” a desenvolver os trabalhos, partindo de pesquisa e seleção de materiais para compor a partir do estudo de pintores que fizeram esse registro ao longo da história da Dona Francisca, em vários momentos da vida dela.
“Nós traduzimos esses retratos para a tapeçaria. Também vamos mostrar a série em quadrinhos, na qual cada participante desenvolveu o trabalho tendo como norte os objetos conectados. São histórias de diversos tamanhos. Com base nos exercícios propostos ao grupo, as obras nasceram. Além desses trabalhos coletivos, eu apresento uma imagem criada a partir de uma obra do artista Caravaggio", conclui.
O grupo “As Catarinas” é formado por artistas espalhadas por todo o Estado, vindas de Joinville, Florianópolis, Garopaba e Criciúma conectadas pelo interesse na pesquisa técnica e histórica, tendo como linguagem principal a tecelagem. As obras revelam a técnica do tear vertical elaborado com diversos materiais proporcionando composições e efeitos singulares.
Da redação
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