SC dá exemplo em geração de empregos

No primeiro trimestre de 2025, Santa Catarina voltou a registrar o menor índice de desemprego entre todos os estados brasileiros. Os dados, divulgados nesta sexta-feira (16/5) pelo IBGE por meio da Pnad Contínua, indicam que apenas 3% da população economicamente ativa do estado está sem trabalho — o menor percentual do país. A taxa representa uma redução de 21% em comparação com o mesmo período de 2024, ficando atrás apenas do Espírito Santo e da Bahia no ranking das maiores quedas percentuais.
Segundo análise da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc), esse desempenho está relacionado principalmente à expressiva redução no número de pessoas desocupadas, que caiu 20% em relação ao ano anterior. Isso significa que 33 mil pessoas a menos estavam procurando emprego no período, com o total de desocupados recuando de 161 mil para 128 mil.
A retração no desemprego foi observada em todos os níveis de escolaridade, mas o grupo que mais se destacou foi o das pessoas com ensino fundamental completo e médio incompleto.
Entre os setores que puxaram esse movimento de recuperação, o comércio foi o que mais absorveu trabalhadores com ensino fundamental e médio (completo ou incompleto). O segmento de supermercados e hipermercados, por exemplo, cresceu 10% no número de ocupados, liderando as vendas no país no primeiro trimestre, conforme apontado pelo presidente da Facisc, Elson Otto.
A indústria catarinense também teve papel relevante nesse cenário, com crescimento destacado nos setores de abate de animais, metalurgia, serrarias, produção de embalagens de papel e fabricação de máquinas e equipamentos — todos com aumento na contratação de trabalhadores com escolaridade básica e média. Já nos serviços, o avanço se concentrou nas áreas de alimentação (restaurantes e similares) e nos serviços domésticos.
Para Otto, o fortalecimento da mão de obra operacional é essencial para o bom desempenho da economia catarinense. “Na indústria, esses profissionais são responsáveis por tarefas centrais na linha de produção. Já no comércio e nos serviços, exercem funções fundamentais para atender a uma população que vem ampliando seu consumo de bens e serviços básicos”, analisa.
Estado com menor informalidade do país
Além do destaque na redução do desemprego, Santa Catarina também manteve a menor taxa de informalidade entre os estados brasileiros. De acordo com os dados mais recentes, 25,3% da população ocupada no estado atua em empregos informais — o que representa cerca de 1 milhão de pessoas. Esse índice está bem abaixo da média nacional, de 38%.
O estado ainda figura como o terceiro com maior redução na informalidade no primeiro trimestre de 2025, atrás apenas do Mato Grosso do Sul e do Distrito Federal. Segundo Otto, esse desempenho reflete a capacidade de adaptação das empresas catarinenses. “Mesmo com sinais de desaceleração econômica no país, Santa Catarina tem demonstrado resiliência no mercado de trabalho e segue com índices de empregabilidade superiores à média nacional. Isso evidencia a força e a organização do nosso setor produtivo”, afirma.
Enquanto o saldo de empregos formais no Brasil caiu significativamente em relação ao mesmo período de 2024 — recuando mais de 10% —, Santa Catarina apresentou uma queda mais branda, de apenas 5%, mantendo o total de mais de 60 mil postos de trabalho criados no primeiro trimestre.
Da redação
Fonte: RCN
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